terça-feira, 5 de novembro de 2013

Reflexão (1)

Saber dizer adeus, dar "tchau" a alguém, se despedir das coisas que viveram, dos pseudo-sonhos criados. É hora de acordar, de ter certeza de que o mundo continua em seu estado de contínuo movimento, é saber que não há vergonha ou fraqueza em se despedir. Guardar nas lembranças as boas conversas, a convivência, histórias engraçadas de um período onde não havia necessidade de fingir ser alguém.

A Solidão

A solidão é um estado onde a coragem em querer viver o espetáculo da vida é inexistente. É um modo de negar a si e buscar na carência o reconhecimento das outras pessoas. Não se escolhe estar sozinho, essa eventualidade é causada por uma dor no ser, um rombo nas atividades cerebrais, onde achamos que somos "superiores" aos demais. De que adianta ser "superior", se em grande parte o "superior" está sozinho ? O estado de calmaria é dado por querer ficar sozinho, ou seja, pedir um momento para o ser interior, a consciência falar. Estar sozinho, viver a solidão é pedir para entrar em colapso e por fim perecer sem entender o que é paz.

Um Sonhador

Um sonhador, alguém que vive suas utopias constantemente. Alguém que não sabe o que quer, é alguém que tem medo de enfrentar toda a realidade. Não bastasse as pessoas que o rodeiam, a solidão teme em querer agarrá-lo a todo instante. Sonhos de sóis, universos paralelos, devaneios amorosos (que em outrora são irreais), são fatos que fazem do sonhador alguém distante e ao mesmo tempo insano. A insanidade é o maior medo, mil coisas na cabeça. Sonhos são destruídos, dúvidas são construídas e a insanidade continua. Essa Boêmia, é algo que mata de prazer a vida, que nos prende em um mundo nosso, lugar onde não há dor ou dúvida, tudo se resolve na libertinagem e no aconchego dos braços de uma bela jovem. Ah! o que é a vida de um sonhador senão, apenas a vontade em estar no modo mais nu do ser pronto para viver, curtir a libertinagem, a boêmia e morrer. Cavalgar no horizonte em direção ao desconhecido, ouvindo "Finale" de Hans Zimmer, de tal modo que nunca se chegará ao fim, e desta forma todo novo dia será, se não, o dia mais espetacular, único.